A Cartomante

O filme "A Cartomante" é baseado no conto homônimo de Machado de Assis, um dos maiores expoentes da literatura de expressão portuguesa. Quanto ao filme, achei regular, pois, na minha opinião, a atualização da história não funcionou muito bem e a atriz Débora Secco, que interpretou a Rita, ou seja, a mulher que vai procurar a cartomante para saber do seu futuro e tomar a decisão acertada, não foi a escolha adequada.    Embora se perceba a ironia machadiana em algumas passagens, o filme peca pelo erotismo que, a meu ver, era dispensável e não contribuiu para espelhar o universo ficcional de Machado de Assis. No entanto, adaptar Machado de Assis não é tarefa fácil, pois exige-se certa sensibilidade para se apreender a essência da ficcção realista machadiana.
Rita se apaixona pelo bad boy Camilo. O romance teria tudo para ser perfeito não fosse a armadilha do destino: Rita está noiva de Vilela, médico competente, ambicioso, mas simplesmente o melhor amigo de Camilo. Entre a nova paixão e a certeza do romance seguro, Rita procura uma cartomante para ouvir o que o
futuro lhe reserva. Mas as previsões da mística mulher não estão de acordo com conselhos que Rita ouve de sua analista, a dedicada Dra. Antonia. E a jovem se vê diante da dúvida: é possível prever o destino e controlar nossas vidas?
Rita trabalha num brechó e namora o médico Vilela. Eles estão prestes a se casar quando Rita conhece Camilo, amigo de infância de Vilela. O problema, além da profunda amizade entre os 2 amigos, é que o médico salvou a vida de Camilo, no apartamento de Karen. Rita recorre a uma cartomante e fica sabendo que o romance pode ter um fim trágico. Ela relata seu drama de consciência pra a terapeuta Antonia, que trabalha no mesmo hospital de seu namorado.

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